Aproximadamente 150 mulheres saíram às ruas de Cuiabá nesta segunda-feira (4) para protestar contra a violência doméstica no campo e reclamar do atual modelo de agricultura. "Queremos denunciar o atual modelo de agricultura no campo pelo uso excessivo de veneno nas plantações", disse uma das coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Idalice Nunes. Durante a passeata, o trânsito em algumas avenidas da capital ficou lento.Além disso, a ideia do movimento realizado na semana do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é reivindicar terra para as cerca de 900 famílias que encontram-se acampadas em várias regiões do estado. No entanto, a manifestação é composta por mulheres que já estão assentadas, como o caso de Idalice. Participaram da passeata mulheres de Sinop, Tangará da Serra, Cáceres e Dom Aquino. Após a passeata, que saiu da Igreja Sagrada Família, no bairro Carumbé, onde as manifestantes passaram a última noite, o grupo seguiu para a sede regional do Institucional Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Lá eles deverão permanecer até quarta-feira (6), quando devem participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado para discutir a consequência e impactos dos agrotóxicos nos alimentos e no meio ambiente. No percurso de três quilômetros, as manifestantes seguraram uma espécie de cajado para simbolizar a luta contra a violência doméstica. "Simboliza a luta, na verdade, o enfrentamento contra a violência. É para se defender", disse uma das participantes. Na quinta-feira (7), as mulheres irão se reunir para debater sobre os impactos das obras da Copa de 2014 na vida da população e de uma oficina sobre violência contra a mulher. Já na sexta-feira (8) as camponesas irão se unir com as mulheres da cidade em protesto contra a violência doméstica e, ao mesmo tempo, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
Fonte: G1 MT
Autor: Pollyana Araújo